A expansão da favela no leste metropolitano do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.57077/monumenta.v11i11.282Palavras-chave:
Urbanização, Metropolização, Espaço, FavelaResumo
O artigo analisa o processo de urbanização desigual na região leste metropolitana do Rio de Janeiro, com foco no município de São Gonçalo. Na introdução, evidencia-se a importância regional e populacional da cidade, destacando-se como cenário representativo da favelização metropolitana. O objetivo central é compreender a relação entre especulação imobiliária, agentes produtores do espaço urbano e a expansão das favelas, tomando a favela da Chumbada como estudo de caso. A metodologia baseia-se em levantamento bibliográfico, análise de dados do IBGE, mapas e documentos técnicos. No desenvolvimento, articula-se o embasamento teórico com autores como Santos, Lefebvre e Corrêa, para discutir como o capitalismo molda o espaço urbano, promovendo a segregação socioespacial. O artigo detalha o papel dos meios de transporte, a industrialização e a atuação seletiva do Estado como fatores-chave na formação da cidade e na exclusão de população de baixa renda. Uma análise histórica e espacial de São Gonçalo demonstra como a urbanização periférica é marcada pela autoconstrução e falta de infraestrutura. Conclui-se que a urbanização em São Gonçalo é resultado da lógica capitalista de valorização do solo, contribuindo para o avanço das favelas e consolidando um espaço urbano desigual, onde os investimentos públicos beneficiam prioritariamente as elites econômicas.