É aula de Matemática
uma experiência com embalagens do leite longa vida
DOI:
https://doi.org/10.57077/monumenta.v7i7.215Keywords:
Residência Pedagógica, Modelagem Matemática, VolumeAbstract
Este relato tem como objetivo descrever e refletir acerca da experiência vivenciada pela residente, primeira autora, no desenvolvimento de uma oficina durante sua trajetória no Programa Residência Pedagógica. A oficina aconteceu em duas turmas do 2° ano do Ensino Médio, em um Colégio Estadual de Paranavaí/PR, e teve como objetivo resolver problemas do cotidiano envolvendo o cálculo de medidas de volume do paralelepípedo retangular. A perspectiva de ensino assumida para fundamentar e orientar as aulas foi a Modelagem Matemática, seguindo a concepção de Almeida, Silva e Vertuan (2012), que a compreendem como uma alternativa pedagógica que parte de uma situação-problema não essencialmente matemática. Para o seu desenvolvimento os autores sugerem seguir 4 etapas, nas quais nos embasamos para organizar a oficina: na 1ª etapa (inteiração) - foi introduzido o tema da atividade “o leite longa vida”, sendo entregues aos grupos de alunos algumas embalagens (caixas) do leite, com duas dimensões diferentes, e foi proposta a situação-problema “como podemos verificar se as caixas comportam a mesma quantidade de leite? (FREITAS; ANDRADE, 2014)”; na 2ª etapa (matematização) - os alunos investigaram a situação e definiram as hipóteses, com auxílio da futura professora; na 3° etapa (resolução) - os alunos encontraram a generalização solicitada (modelo matemático para o cálculo do volume das caixas); e na 4° etapa (interpretação de resultado e validação) - para a surpresa de todos, ao determinar o volume de uma das caixas, o valor obtido foi menor do que aquele informado pelo fabricante. Isso gerou inquietações entre os participantes e discussões acerca dos direitos dos consumidores e sobre a eficiência do modelo matemático utilizado para mensurar os volumes das caixas. Refletindo sobre a experiencia, ficou evidente o engajamento da turma em trabalhar com uma situação-problema não matemática, a autonomia dos grupos na solução da atividade e apresentação dos modelos obtidos.