Ações coletivas no estágio supervisionado
compreensões de docentes-orientadores de um curso de licenciatura
DOI:
https://doi.org/10.57077/monumenta.v7i7.225Palavras-chave:
Orientação, Formação de Professores, Educação MatemáticaResumo
O Estágio Curricular Supervisionado, doravante, Estágio, é um contexto de desenvolvimento profissional docente. Admitindo-o como um componente curricular na formação inicial que tem a prática profissional como objeto de análise crítica (PIMENTA, LIMA, 2004), este estudo interroga: o que compreendem, os docentes-orientadores do Estágio de uma turma do curso de graduação em Licenciatura em Matemática da UNESPAR campus Paranavaí, sobre as tomadas de decisões e ações serem coletivas? Metodologicamente, este estudo de natureza qualitativa e interpretativo, analisou as respostas de dois docentes-orientadores quando foram convidados a expressarem sobre a experiência com o Estágio no contexto de tomadas de decisão e ações desenvolvidas, coletivamente, entre os orientadores e entre eles e a coordenação de estágio do curso. Os resultados sugerem, a partir das compreensões dos docentes-orientadores, que a dinâmica adotada mostrou-se profícua e possibilitou a percepção deles sobre as suas contribuições como sendo significativas para o trabalho dos futuros professores; a sensação mais forte de proximidade com os futuros professores e com as ações formativas desenvolvidas; um aumento de trabalho; o reconhecimento (pelos pares e pelos futuros professores) da legitimidade de suas contribuições; e a reflexão acerca de ajustes em encaminhamentos realizados e sugestões de ações futuras. Nesse sentido, as ações coletivas, revelam outra possibilidade para organização e condução das ações, enquanto Plano de Atividades de Estágio. Por um lado, demandando novas configurações de trabalho, mas por outro, evidenciando benefícios à formação dos envolvidos no processo de Estágio. Nessa direção, a proposta de negociar coletivamente o Estágio contribui para que ele não seja concebido como reprodução de modelos vigentes nem como dispositivo, na formação, que instrumentaliza tecnicamente a prática docente, mas como uma vivência que potencializa, na relação teoria e prática, dimensões da prática profissional do professor de Matemática, mediante a um processo reflexivo conduzido por uma orientação alinhada coletivamente.