Composição e abundância do zooplâncton de dois ribeirões da região noroeste do Paraná (Paranavaí/PR)
DOI:
https://doi.org/10.57077/monumenta.v8i8.228Palavras-chave:
Ecologia, Diversidade, RiosResumo
Este estudo teve como objetivo, investigar a composição, riqueza e abundância das assembleias zooplanctônicas de dois ambientes lóticos de Paranavaí noroeste do Estado do Paraná. Estes atributos ecológicos são elementos básicos ou iniciais para qualquer investigação posterior, seja de avaliação, monitoramento, manejo ou conservação ambientais. As amostragens foram realizadas em dois pontos de cada ribeirão, sendo filtrados 200 litros de água por amostra, em rede de plâncton (68 µm), por balde graduado. A composição de espécies e a densidade foram obtidas através da contagem integral das amostras, com auxílio de lâminas tipo Sedgewik-Rafter. Registraram-se 17.166 ind.m-3 de 53 espécies, sendo 10.356 ind.m-3 de 35 espécies em R1 e 6.810 ind.m-3 de 32 espécies em R2. Os rotíferos apresentaram a maior diversidade de espécies (27) e as tecamebas a maior abundância (13.446 ind.m-3). Os índices de diversidade dos ribeirões Paranavaí e Piracema foram, respectivamente: Margalef: 3,57 e 2,95, Simpson: 0,79 e 0,80; (E1/D) = 0,14 e 0,18, Shannon: 3,14 e 2,96. O padrão de riqueza e abundância obtidos, têm sido comumente reportada para ambientes lóticos dulcícolas tropicais, supostamente como resultado da hidrodinâmica do ambiente, devido à instabilidade física e o fluxo de corrente dos ribeirões, como também a abundância de macrófitas marginais. Porém, a superioridade numérica das tecamebas sugere sua importância na estruturação e funcionamento de riachos de pequeno porte, para os quais a literatura é escassa, indicando a necessidade de maiores investigações desse grupo nesses ambientes.